Zé Eduardo Unit

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Zé Eduardo é um dos nomes incontornáveis do jazz português e europeu, pela sua obra como compositor e intérprete, e também pelo papel que teve, e continua a ter, na divulga??o e promo??o deste género musical através da cria??o e direc??o de diversas escolas e orquestras. Uma longa carreira recheada de pontos altos, um dos quais ocorreu em 2007, quando, através do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avalia??o e Rela??es Internacionais do Ministério da Cultura, foi convidado para dirigir a European Movement Jazz Orchestra durante a Presidência Portuguesa da UE, numa digress?o que percorreu cinco capitais de distrito e terminou no grande auditório do CCB.
Em Abril de 2008, na 6a Festa do Jazz do S?o Luiz (Jardim de Inverno), no concerto de encerramento da celebra??o dos 60 anos de existência do Hot Clube de Portugal, foi convidado a dirigir a Big Band e a interpretar diversos temas juntamente com Mário Laginha e com os seus antigos alunos Maria Jo?o e Bernardo Sassetti, numa noite que serviu também de homenagem a Zé Eduardo como fundador da escola desta institui??o do jazz.
Nascido em 1952 em Lisboa, come?ou por aprender a tocar piano, mas acabou por apaixonar-se pelo baixo na adolescência, quando, à falta de outros interessados, come?ou a tocar este instrumento em bandas de garagem que faziam “covers” de temas em voga na época.
Data da mesma altura a sua descoberta do jazz, através de um álbum da série “Play Bach”, do pianista Jacques Loussier, de discos do Modern Jazz Quartet e de outras grava??es que o pai trazia dos Estados Unidos.
O apelo da música levou-o a fazer o curso do Conservatório Nacional na variante instrumental contrabaixo e a deixar por concluir o curso de Arquitectura, para se tornar, em 1975, músico de estúdio, o que lhe proporcionou a oportunidade de tocar e gravar com alguns dos mais importantes músicos portugueses, como José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Júlio Pereira, Adriano Correia de Oliveira, Pedro Barroso, Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Carlos Mendes, Carlos do Carmo e Luís Cília.
Paralelamente, manteve a liga??o ao jazz, como membro do grupo Araripa e mentor da Orquestra Girassol. Do seu currículo consta ainda a participa??o no primeiro disco de jazz editado em Portugal, “Malpertuis”, de R?o Kyao (1976).
No final da década de setenta, fundou e dirigiu a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e a Orquestra de Jazz do Hot Clube, antes de se mudar para Barcelona em 1982. Aqui, ao longo de 13 anos, Zé Eduardo desenvolveu uma intensa actividade como director do Taller de Músics de Barcelona, além de ter acompanhado grandes nomes da cena internacional, como Art Farmer, Harold Land, Tete Montoliu, Steve Lacy e Kenny Wheeler. é ainda deste período a cria??o do Zé Eduardo Unit, em 1986, que gravou dois discos em Espanha – “Unities", em 1989, e "Begur", em 1990 – e tocou em numerosos festivais um pouco por toda a Europa.
A 22 de Junho de 1988 entrou para o Guinness Book of Records, com a preciosa ajuda de outros músicos, estabelecendo o record de 24 horas consecutivas a tocar o blues mais longo, um tema da sua autoria.
Em colabora??o com prestigiados coreógrafos catal?es, comp?s, orquestrou e dirigiu um musical em Salónica (Grécia) em 1989. Ainda em Barcelona, escreveu música e participou nos filmes da RTVE “Nit a Salonica” e “Del Piano a la Big Band”, além de ter escrito e dirigido a obra “Novíssims”, encomenda da Olimpíada Cultural – Barcelona’92, em colabora??o com a bailarina e coreógrafa portuguesa Clara Andermat, e com a participa??o de Steve Lacy. Foi ainda o único estrangeiro a integrar o júri que atribui os “Premis Ciutat de Barcelona” na área da música.
Em 1994, a convite de Lisboa - Capital Europeia da Cultura, escreveu e dirigiu uma obra para 12 músicos estreada em Novembro desse ano no Teatro Municipal de S?o Luiz.
Regressado a Portugal em 1995, radicou-se no Algarve e dedicou-se sobretudo ao ensino, que conjugava com as actividades de "performer" e orquestrador. S?o desta época as suas cria??es “Improvisando nos Verdes Anos”, uma homenagem a Carlos Paredes composta para a Orquestra Metropolitana de Lisboa, e “Divertimento para Contrabaixo e Orquestra”, em que é solista.
Com o Zé Eduardo Unit, é convidado como figura maior da cena jazz a abrir o Ciclo de Concertos de Jazz Português da Expo'98, actuando nos três primeiros dias do certame.
No Algarve, criou a big band “Jazz na Filarmónica”, que dirigiu até 2000, e assumiu a direc??o artística dos festivais internacionais de jazz de Faro e de Loulé. Na mesma altura, desempenhou as fun??es de director do Departamento de Jazz da Escola Profissional de Música de Almada e fundou a Escola de Jazz do Barreiro, além de leccionar em inúmeros "workshops" e noutras ac??es formativas.
Convidado pelo Instituto das Artes/Ministério da Cultura, integrou em 1999 o júri que decidiu a atribui??o de financiamentos na área da música para o ano seguinte. Assumiu entretanto a presidência da Associa??o Grémio das Músicas (AGM), que lan?ou um ambicioso programa de forma??o e divulga??o cultural apoiado pelo IA/MC. Entre as muitas ac??es da AGM, destaca-se o workshop “Tavira em Jazz”, que anualmente reúne cerca de 90 estudantes provenientes de toda a Península Ibérica.
Em 2001, participou na banda sonora do filme de Fernando Trueba “O Embrujo de Shangai” (“O Feiti?o de Shangai”), gravada ao vivo em Madrid, onde dirigiu um grupo de músicos chineses. No mesmo ano, no ambito do Porto – Capital Europeia da Cultura, dirigiu a orquestra que interpretou em estreia 10 obras encomendadas a outros tantos compositores nacionais.
A par de diversas ac??es de forma??o em Espanha, e depois da grava??o e edi??o de “A Jazzar no Cinema Português” (2002), participou com o Zé Eduardo Unit, em 2003, no Festival de Jazz de Macau, que é convidado a dirigir, e no festival Atlantic Waves, em Londres.
Ainda de 2003 é o videoclip “Os índios da Meia Praia”, o primeiro do jazz português, com realiza??o de Pedro Sena Nunes, que foi estreado em Outubro na Cinemateca Nacional.
Em resultado da prioridade que deu nos anos mais recentes à sua faceta de compositor e intérprete, editou em 2004 com o Zé Eduardo Unit “A Jazzar no Zeca”, e em 2005, juntamente com Jack Walrath, Marc Miralta e Jesús Santandreu, o álbum “Bad Guys”. Outro projecto em que participa, e com o qual tem actuado em vários pontos do país, é o Contra3aixos, que junta três contrabaixistas nacionais de topo: o próprio Zé Eduardo, Carlos Barretto e Carlos Bica.
Na sequência da excelente recep??o ao disco "A Jazzar No Zeca", o Zé Eduardo Unit, alargado para quarteto com Jesús Santadreu (sax tenor), Sónia "Little B" Cabrita (bateria) e Elsa Roch (oboé), levou a cabo em Junho de 2005 uma digress?o pela costa leste dos EUA, com uma entusiasmante passagem pelo mítico e já extinto CBGB.
Na vertente da forma??o, foi convidado recentemente para leccionar pós-gradua??es em “Pedagogia do Jazz” e “Contrabaixo” na Escola Superior de Música da Universidade da Catalunha e assume a fun??o de consultor na recém criada Escola de Artes de Sines.
Pela sua ac??o como promotor e divulgador da cultura, a Regi?o de Turismo do Algarve atribuiu-lhe em 2003 a Medalha de Prata de Mérito Turístico.

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